quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Threesome

, sou 3
e sou nenhuma.
,uma que ri,
outra que chora
e outra que observa...
ambas não se amam, não se entendem.

( são 3 em 1...que valem zero...)

A falta de mim

Sinto falta.
Não sei do quê.
Nem sei de quem.
A presença da ausência.
Já não gosto de minha companhia.
Estou chata.
A falta de mim.

( ...um corpo...)

Delicatessen


Que encontro mais lindo...!!!
Ainda se faz gente boa no mundo...
Amor, generosidade, beleza, pureza, carinho, doçura, alegria.
E eu que pensei.... não se faz mais gente como antigamente...
Gente boa, gente rara.
( euzinha e Cris Guerra, dia de alegria e luz...)

Uma diva


Mais que linda.

Quando digo: Paula Lima.
A resposta é sempre a mesma:

Linda. Divina. Linda.
Uma diva.

Deusa.
( euzinha e a Deusa Paula Lima-Linda...)

November Rain

Não consigo mais chorar.
Não chove mais em mim.
Não choveu lágrimas em novembro.
Não chorou chuva.
E no tempo seco, brotou uma surpresa.

( surpresa com a chuva.....com o broto de flor, a beleza, o perfume....)

domingo, 23 de novembro de 2008

Radicais livres

Já envelheci 10 décadas em 3.
Envelheci 5000 anos em 40.
Já morri em 10 minutos e ressucitei em 48 horas.
Já morri em 17 minutos e ressucitei depois de 6 meses.
Já morri muitas vezes.
Sobrevivi várias vezes.
Envelheço 10 até o final do dia.
Rejuveneço 15 quando durmo.
Acredite, acordo mais jovem.
Adormeço senil.
Não sonho mais, nem dormindo, nem acordada.
10.000, 12.000, 14.000 dias....e noites...
mais de mil e uma noites e nenhuma para contar...
Peter Pan não dorme, sonha....
E a Terra do Nunca é feita de botox.

( a que vos escreve com 5527 anos de idade, se sentindo com 5527 anos de idade...)

Meu pé esquerdo e o direito também....

Meus pés cansados já não sabem por onde ir.
Vão caminhando a esmo, á deriva....
Tão cansados, tão doloridos...
Meus pés, em algum tempo de felicidade, sabiam dançar...e como dançavam...
Sentiam a música, pulavam de alegria e contentamento...
Agora, tão cansados, tão perdidos....
Sempre perguntando aonde ir...por onde ir...
Caminhando sozinhos...por estradas sem fim....
Meus pés de andarilho, viajantes perdidos...
Sem mapa, sem bússola...
Doloridos, quase anestesiados...
Quase não fazem parte do corpo....
Tão desligados, coitados...
Tão tristes....

( sentindo os pézinhos tão doídos, moídos...)

...nem eu sei.....!!!

Me perguntam se eu estou bem...
Eu respondo que sim, ás vezes não respondo.
Tem dias que estou bem, esperançosa, cheia de energia, de vontade de vida.
Tem dias que está tudo nublado, perdido...
Uma névoa me impede de enxergar o óbvio.
Posso até não querer mais, desisitir.
...continua...continua...
Viver é uma rotina.
Tenho que entender isto.

( Tô de saco cheio de ficar de saco cheio...!!! Dia sim, dia não ! Saco...!!! )

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Top do top list

1- rir até doer a barriga
2- chorar de rir
3- perder o fôlego de tanto rir
4- perder um pouco da elegância, ainda assim, rir
5- sorrir ao receber mensagens carinhosas nas manhãs pouco nubladas
6- rir de piadas bobas e ingênuas, ainda mais se elas foram contadas semanas atrás
7- achar graça em coisas banais do dia-a-dia
8- sorrir mais
9- lembrar de sorrir mais
10-não esquecer de sorrir mais

( Euzinha em um momento " tô querendo ficar bem" dentro de um outro momento " tô precisando disto")

O amigo imaginário




Estou com uma vontade louca de escrever.
É a falta de companhia.
É a presença, a minha presença pulsando...querendo sair de mim.
Nem sempre há ouvidos dispostos a ouvir.
Nem sempre, nem sempre...
Vou fazer da caneta e do papel, da tela e do teclado, meu amigo imaginário.
E assim sempre foi.
Nem sempre há o que entender.
Escrevo para mim.
. (ponto final)

( ponto final, mesmo )

O Papai Noel, a velha e a criança

Hoje vi uma cena marcante.
Pequei por não estar como minha máquina.
Fotografei com meus olhos.
Eternizei o que vi em minha memória.
Juro que eu vi.
Cenário: instalação de Natal em um shopping.
Havia um boneco de Papai Noel gigante destes que se mexem e que falam mensagens natalinas.
Uma velha senhora muito simples de corpo miúdo, franzino, frágil, de chinelos de borracha, seu rosto enrugado e sofrido, suas mãos magras e ossudas pousadas na mão do boneco.
Ela falava, sussurava, chorava emocionada ao Papai Noel.
Gosto de acreditar que suas mãos pediam sua benção.
Gosto de acreditar que ao velhinho ela fazia seus pedidos.
Era a criança que era aquela senhora.
Era a fantasia.
Era a realidade fugindo do normal.
Era eu emocionada segurando o choro.
Fiquei assim admirando esta cena tão bela, tão triste.
E as pessoas passavam e riam e apontavam e riam debochadamente.
Quero acreditar que são os olhos que deixam de ver o que há de bonito, de belo, de terno, de amoroso, de gentil... Quero acreditar que esta cegueira coletiva seja temporária.
Ás vezes, penso que não há mais beleza na vida. Engano
Há ainda mais beleza na tristeza.
Quero acreditar que há sim, beleza.
Quero acredita que não eu seja uma sonhadora em vão.
Nunca desejei tanto que Papai Noel existisse mesmo, só para realizar todos os desejos desta velha senhora.
Mas, senão for o Papai Noel, será o Papai do céu.
Senão for nenhum deles, que seja o meu desejo atender a todos os pedidos daquela criança abandonada naquele corpo envelhecido.
( me sentindo impotente por ver aquela velhinha chorando. Triste. Belo )